Exposição

Exposição celebra os 50 anos do símbolo da UFPel

Brasão foi criado em 1972 pelo artista Arthur Henrique Foerstnow

Carlos Queiroz - DP - Mostra apresenta as alterações que a marca sofreu com o tempo

Uma nova exposição no Museu de Arte Leopoldo Gotuzzo celebra os 50 anos do brasão da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Símbolo desta entidade desde janeiro de 1972, a marca, criada pelo servidor Arthur Henrique Foerstnow, já falecido, é considerada uma obra de arte aplicada. A visitação é gratuita e pode ser feita de terça a sábado, das 12h30min às 18h, na praça 7 de Julho, 180. A proposta resulta do mestrado em Arquitetura do servidor da Universidade Federal de Pelotas, o designer Eduardo Montagna da Silveira.

Na exposição são apresentadas pela primeira vez as artes finais do projeto de Foerstnow, produzidas à mão com instrumentos bem convencionais, como lápis, réguas, compasso, esquadro e transferidor, pintadas a pincel com tinta guache. O acervo estava sob os cuidados da família, que doou o material para a Universidade. No Malg ainda estão outras peças, como uma escultura em madeira realizada pelo professor Darcy Legg, além de peças gráficas impressas e objetos tridimensionais.

O brasão é construído com diferentes elementos, como as letras alfa e ômega, que ladeiam uma embarcação estilizada, uma pelota flutuando sobre a água, provavelmente uma alusão aos mananciais hídricos do município. Ao centro ainda e atravessando essa embarcação está uma tocha, que simboliza a luz do conhecimento. "Tem uma carga positivista e uma influência heráldica", comenta Silveira.

Finaliza a obra a inscrição que traz o nome da entidade. "Uma coisa que eu descobri durante a pesquisa é que o desenho tem todo um código, que chamamos de geometrias implícitas. O desenho é todo geometrizado, tem lógicas impositivas muito definidas de posição e escalas entre os elementos."

Silveira explica que na época foi instituída uma comissão, que tinha inclusive o escritor e artista Aldyr Garcia Schlee, para criar o brasão da Universidade, fundada em 1969. Porém, não se sabe o porquê, a criação do símbolo ficou somente à cargo de Foerstnow, que também criou o brasão de Pelotas.

Ao longo dos anos, especialmente com a transposição para o ambiente digital, os elementos passaram por mudanças sutis nas cores, formas e proporções. "A partir de 2011 eu percebi isso e comecei a investigar o que estava mudando", conta o pesquisador.


Memória preservada

Em visita à exposição, a reitora da UFPel, Isabela Fernandes Andrade, elogiou a iniciativa de Eduardo e comentou que não conhecia a história do brasão. "Achei um espetáculo todo o estudo. Este trabalho é super importante para garantir a memória deste símbolo, que é a identidade da Universidade com a nossa sociedade. É bem impactante ter esse histórico levantado e agora exposto para que a comunidade tenha conhecimento dessa história."

Segundo a reitora não se cogita a construção de nenhum outro símbolo e nem de serem feitas alterações no modelo atual. "Fazer uma alteração de uma simbologia que já pertence, que está incorporada é algo bastante significativo e demandaria um estudo muito aprofundado e uma motivação muito fundamentada sobre os motivos de se fazer qualquer alteração. Eu não vislumbro qualquer motivo para se fazer uma mudança nesse sentido", diz a reitora.


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